ALCOBAÇA

Actividades económicas: Fruticultura, pecuária, carpintaria, indústria de faianças e pequeno comércio

 

Feiras: Mercado semanal (domingo)

 

Festas e Romarias:

• São Tiago (25 de Julho)

• Nossa Srª das Candeias (2 de Fevereiro)

• Senhor dos Passos (Domingo de Ramos)

 

Artesanato: Funilaria e canastraria

 

Colectividades:

• Associação Recreativa do Cipreste

• Rancho Folclórico dos Moleanos

• Associação Recreativa e Cultural de Casal Pinheiro e Fragosas

• Associação Recreativa Eborense

• Associação Desportiva Casal Pereira

• Associação Recreativa S. João da Bairrada

• Associação Recreativa e Cultural Fonte Santa

 

Um pouco de História:

 

Talvez devido ao facto de ser uma freguesia de que historicamente menos se conhece, Évora de Alcobaça, conhecem-se várias versões em relação à sua origem.

 

Uma versão diz-nos que a origem de Évora de Alcobaça, advém dos "Eburon", povo que viveu na Península Ibérica, ou nos povos árabes que no séc. VIII demandaram terras lusitanas.

 

Outra versão diz que Évora é corrupção de "evro" (erva), que o Cardeal D. Henrique mandava buscar à povoação, para os seus cavalos.

 

Uma terceira versão refere que a povoação já existia sob o domínio romano com o nome de Eburóbriga - Esta talvez seja a versão que mais se aproxima da verdade.

 

O passado de Évora de Alcobaça estará sempre ligado à Ordem de Cister, cujos Abades fundaram o Mosteiro de Alcobaça, exercendo a partir daí jurisdição sob uma vasta área em seu redor. Esta freguesia era uma das muitas que faziam parte dos Coutos de Alcobaça, pelo que durante muito tempo foi conhecida como Évora Couto.

 

Évora recebeu foral do Abade D. Martinho em 1332, renovado por D. Manuel l em 1 de Outubro de 1514.

 

Os Frades da Ordem de Cister viriam a desenvolver extraordinariamente toda a área de que eram donatários. Assim, a freguesia teve, nesta altura Misericórdia, uma Companhia de Ordenanças com o seu Capitão e as respectivas autoridades de Justiça. O Pelourinho que aí existia e que simbolizava essa mesma Justiça, foi retirado em 1875 por vontade da população. Encontra-se hoje no Museu do Carmo, em Lisboa.

 

A freguesia de Évora de Alcobaça teve fortes tradições religiosas da, sendo Évora de Alcobaça um dos Caminhos de Santiago. Na sua igreja, abrigavam-se os caminheiros e recebiam todo o apoio para as jornadas que se seguiriam.

 

A Igreja Matriz, dedicada a Sant´Iago Velho, é um templo de estilo gótico, que já sofreu diversas modificações ao longo da história. Na frontaria, uma porta manuelina com arco abatido encordoado. No lado sul da Igreja, sobre a porta encontra-se um baixo-relevo, representando o orago, Sant´Iago a cavalo, armado com escudo, espada e bandeira. Trata-se duma obra do séc. XIV ou XV. Na mesma parede, existe uma porta manuelina com uma cruz da Ordem de Cristo no fecho.

 

O interior, de uma só nave, é coberto por um tecto de madeira de três planos. A capela-mor tem cobertura abobadada de estuque. A capela do lado do Evangelho ostenta um arco gótico, e a do lado contrário abre para a nave por um arco renascentista, corrido superiormente por um renque de flores-de-lis e medalhões nos vãos. Cobre-a uma abóbada artesoada.
Destaca-se ainda a capela do Senhor dos Passos. Erguida junto à Igreja, é um templo quinhentista. A frontaria, de empena de bico, preservou até hoje o magnífico portão manuelino, e, no interior, existem algumas pinturas quinhentistas.